As minhas fantasias são inconcretizáveis e as coisas normais não assentam em nenhum patamar em mim desenhado. Falta-me aquela borboleta no estômago. Falta-me aquela loucura que já tive, falta-me a aventura, falta-me a entrega.
Falta-me essencialmente pensar em mim. Nem todos podemos ser compreensíveis e há que aceitar o que eu não aceito: há gente boa e má e pelo meio há gente com atitudes menos boas. Nunca tinha considerado este patamar, mas ele existe e afirma-se com convicção. Menosprezei-o e hoje vejo que é tão ou mais visível que o lado bom. Talvez seja apenas uma doce utopia, mas gostava tanto que o ego não reinasse tanto.
Sinto-me uma maluquinha a conjugar verbos burlescos nas frases mais irrisórias ninguém se ocupa a pensar isto. Simplesmente aceitam o dito normal. Isto para mim não é normal. Contudo, não há grande solução. Parte um tanto ou quanto de cada um e sinceramente espero apenas que as minhas futuras criaturas sejam sempre melhores pessoas que eu própria. Ainda mais sinceras, ainda mais utópicas.
Sem comentários:
Enviar um comentário